A proposta do Conselho do Património Cultural foi unânime: a zona da Rua da Felicidade e do Beco da Felicidade deve passar a ter janelas verdes, em vez das actuais vermelhas. Isso mesmo explicou hoje aos jornalistas um dos membros do conselho, Lam Fat Iam.
Naquela que foi a primeira reunião desde que foi criado, o Conselho do Património Cultural analisou hoje os resultados da consulta pública sobre o projecto de restauro das fachadas de um conjunto de construções classificadas na Rua da Felicidade e no Beco da Felicidade.
De acordo com os resultados da consulta, todos os inquiridos mostraram-se a favor da concretização do projecto de restauro das fachadas. Já no que diz respeito à cor das paredes das construções, mais de 70 por cento dos 27 participantes mostraram-se a favor de obras que permitam revelar o tijolo esverdeado que, segundo uma investigação do Instituto Cultural (IC), caracterizava a construção original.
Mais divididas estiveram as opiniões manifestadas em relação à cor das janelas: 12 pessoas querem que continuem vermelhas, outras 12 defendem que voltem a ser verdes, como eram até 1996. Houve ainda três pessoas que apresentaram outras sugestões.
Segundo o presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, para que o plano de restauro avance, não basta a vontade do Governo: é preciso também que o proprietário consinta “que as obras sejam feitas” e que quem viva no edifício concorde.
Na consulta pública, que abrangeu, sobretudo, residentes e lojistas da zona, 92 por cento mostraram-se a favor de colaborar, disponibilizando-se a sair temporariamente dos imóveis onde estão caso os mesmos precisem de ser restaurados. A ideia será também avançar com os trabalhos de forma faseada.