Leong Veng Chai é concorrente à Assembleia Legislativa pela lista Nova Esperança, ao lado de Pereira Coutinho. O anúncio oficial foi feito ao início da tarde, na sede da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM).
O número dois da Nova Esperança já definiu como prioridades os funcionários públicos e os jovens. Leong Veng Chai disse que se for eleito, em Setembro, quer resolver o problema dos contratos individuais de trabalho que afectam os funcionários públicos, e lutar por habitação e uma melhor educação para os jovens.
Leong Veng Chai diz ainda que está na hora da cúpula da Administração pública ser responsabilizada pelos problemas que afligem a sociedade. “Notei que, depois da criação da RAEM, a responsabilização dos titulares dos principais cargos desapareceu totalmente (...) os titulares dos principais cargos só querem receber salários e quando há situações graves dizem apenas que vão fazer uma revisão. São os funcionários da linha da frente que trabalham e os funcionários de cargos médios que assumem as responsabilidades”.
Questionado porque decidiu aceitar o desafio proposto pela Nova Esperança, Leong Veng Chai respondeu que decidiu “ajudar” Pereira Coutinho, que “luta há oito anos sozinho” na Assembleia. No entanto, nenhum dos dois candidatos quis dar a corrida por vencida.
Pereira Coutinho preferiu dizer que Leong Veng Chai é perfeito para número dois, uma posição que era ocupada por Rita Santos. O número um da Nova Esperança realçou que Leong é um dos vice-presidentes da ATFPM e “não tem interesses comerciais”. Além disso, “é um homem tem uma tendência para a cultura portuguesa, uma vez que viveu toda a vida em Macau”.
“Estou com ele de carne e osso e sei que se pautará sempre pelos valores fundamentais e especiais das comunidades minoritárias que existem em Macau”, enfatizou o deputado, acrescentando que se for eleito, Leong Veng Chai poderá dedicar-se a tempo inteiro à função de deputado, já que deixou a função pública em 2005.
Coutinho garante ainda que o número dois está comprometido com os princípios da Nova esperança, que são "independência, servir a população, apresentar projectos de lei e fiscalizar a acção Governativa".