Uma sondagem conjunta da Universidade de Fuzhou e da Aliança de Pessoas que Constroem Macau revela que o índice de felicidade dos residentes é de 57 numa escala de zero a 100. Mas o estudo mostra também que os residentes de Macau com salários entre as 20 mil e as 40 mil patacas – apelidados, por vezes, de “classe sanduíche” – têm níveis de felicidade inferiores aos das pessoas com salários que variam entre as 14 mil e as 20 mil patacas mensais.
Um dos académicos envolvidos no estudo, Niu Kang, da Universidade de Fuzhou, explica que o cenário pode estar relacionado com o facto de as famílias de menores rendimentos receberem mais apoios do Governo, enquanto aquelas com melhores salários podem ter de enfrentar sozinhas certo tipo de problemas, como o aumento do custo de vida, a pressão no local de trabalho ou a incapacidade de comprar um apartamento.
De um modo geral, a maioria dos residentes de Macau analisados no estudo mostra-se satisfeito com as relações que tem com a família e os amigos, e, também, com a própria saúde. Em sentido inverso, o que mais insatisfaz os residentes da RAEM é a desigualdade social, o desempenho do Governo e o nível de vida.
O estudo aponta ainda diferenças geográficas no grau de satisfação com a vida: quem mora na zona sul da península de Macau e na Taipa tem tendência a sentir-se mais feliz.