O plano de comparticipação pecuniária é para continuar a ser aplicado enquanto os cofres do Governo tiverem saldo positivo, disse hoje Chui Sai On. O Chefe do Executivo falava na conferência de imprensa que se seguiu à apresentação do relatório das Linhas de Acção Governativa para 2013, a oportunidade anual para os jornalistas colocarem questões ao líder do Governo.
A conferência de imprensa serviu para abordar assuntos tão diferentes como o sector do jogo e os planos para a praça do Lago Sai Van. Mas, entre os temas dominantes, esteve a qualidade de vida e o que o Governo faz para satisfazer a população.
Chui Sai On reconhece que é preciso estudar as medidas provisórias de apoio social que podem passar a definitivas, mas trata-se de um trabalho para fazer com tempo. Por agora, deixa a certeza de que, “em relação ao plano de comparticipação pecuniária, sempre que tenha saldo positivo, o Governo partilha com a população”.
Os cheques são uma forma de partilha que vem do tempo de Edmund Ho e que continua a merecer críticas de alguns quadrantes, que entendem que medidas deste género são populistas. Chui Sai On tem outro entendimento sobre a questão: “As Linhas de Acção Governativa não são um instrumento para agradar à população apenas com o conteúdo de distribuição de dinheiro”.
O Chefe do Executivo está atento às sondagens e sabe que a população aplaude a distribuição de dinheiro, o que o leva a afirmar que “se a população acha que é uma atitude responsável do Governo partilhar os resultados, então podemos continuar”.
Já no que toca a mudanças, a habitação continua a ser um problema e Chui Sai On reconhece a sobrevalorização do mercado, admitindo ainda que as medidas anunciadas recentemente por Lau Si Io podem não chegar, pelo que não são definitivas. No entanto, o líder do Governo não respondeu directamente se vai haver alterações na lei do arrendamento.
A inflação também é uma dor de cabeça para residentes e Governo, que promete continuar a trabalhar para que o custo de vida seja suportável. Mas o Chefe do Executivo lança um repto ao patronato: “Gostaria de fazer aqui um apelo para que os empresários elevem também os rendimentos dos seus trabalhadores”.