A Assembleia Legislativa (AL) não vai ouvir a população sobre a reforma política do território. A ideia foi proposta hoje numa reunião, na comissão permanente que está a analisar os diplomas de alteração às metodologias de eleição do Chefe do Executivo e dos deputados à AL. A sugestão foi feita por Ng Kuok Cheong, que não conseguiu reunir o apoio dos colegas.
De acordo com Chan Chak Mo, presidente da 2ª comissão permanente da AL, foram oito os deputados contra a sugestão do membro da Associação Novo Macau, um dos quatro tribunos que, na semana passada, votaram contra os projectos de resolução apresentados pelo Governo para a alteração dos métodos de eleição do Chefe do Executivo e da Assembleia Legislativa. “O período da consulta foi suficientemente grande e razoável, não temos de voltar a fazê-la”, frisou Chan Chak Mo.
Auscultação posta de parte, a comissão afastou também a possibilidade de a Assembleia perguntar formalmente ao Governo quanto tempo falta até ao último passo para a reforma do sistema político. A hipótese tinha sido também deixada por Ng Kuok Cheong que, se quiser saber datas, terá de colocar a questão directamente ao Executivo.
A primeira reunião depois da votação na generalidade do modelo 2+2+100 não demorou mais de meia hora. Pela descrição de Chan Chak Mo, a reunião ficou marcada por muito consenso, “poucas perguntas” e a convicção de que os diplomas estão conforme a lei.