É a reacção ao julgamento de Ao Man Long. A Jones Lang LaSalle assegura que está a colaborar com o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) no processo que começou esta semana a ser julgado no Tribunal de Última Instância e que tem o ex-secretário como único arguido.
A empresa do sector do imobiliário é citada na acusação. De acordo com o Ministério Público, o antigo governante é acusado de ter recebido um suborno de 20 milhões de patacas no processo de concessão de cinco terrenos em frente ao Aeroporto Internacional de Macau.
A concessão foi feita através de um concurso por convites a três empresas. A John Lang LaSalle foi a vencedora do processo mas, na realidade, representava uma outra empresa, a Moon Ocean.
Numa reacção enviada por email à agência Reuters, o director de marketing da John Lang LaSalle para Hong Kong e Macau diz apenas que a empresa está “neste momento a colaborar com o Comissariado contra a Corrupção nas investigações”, pelo que prefere não tecer mais comentários.
Ontem, durante a segunda sessão do julgamento, o arquitecto André Ritchie – que à data dos factos trabalhava no Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas e preparou o processo de concessão dos terrenos –, afirmou que o prazo dado para a apresentação de propostas, de dez dias, foi curto. A testemunha não afastou a possibilidade de a John Lang LaSalle ter tido acesso a informação privilegiada.