A queda da indústria do jogo pode aliviar as Pequenas e Médias Empresas das pressões que têm vindo a sofrer, considera Stanley Au. Ainda assim, o presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Macau entende que o ambiente económico continua adverso, sobretudo para os pequenos comerciantes.
Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do “Livro Branco sobre a Situação das Pequenas e Médias Empresas”, Stanley Au afirmou que “a queda da indústria do jogo irá definitivamente fazer diminuir a pressão sobre as Pequenas e Médias Empresas. Diria isso, mas não diria que estamos felizes por assistir ao declínio”. Até porque, acrescentou, o ajustamento toca a todos: “Estamos a sofrer adversamente um impacto, até certo ponto. Mas claro que sem a gravidade da indústria do jogo”.
Apesar de a conjuntura económica ser de ajustamento, persistem os velhos problemas das Pequenas e Médias Empresas, observa Stanley Au: “Temos falta de mão-de-obra. Mesmo com declínio na indústria de jogo continuamos a não conseguir empregar as pessoas necessárias. As rendas também caíram um pouco, mas não com a profundidade e a rapidez suficientes para nos ajudar”.
Para o empresário, os problemas estão à vista: “Se andar pelas ruas vê muitas lojas a fecharem. Há um impacto nos comerciantes”.
Como forma de ultrapassar os obstáculos das Pequenas e Médias Empresas, Stanley Au defende “mais apoio, da forma correcta”, mas o também presidente do Banco Delta Ásia não quis desenvolver a ideia.
Segundo Au, a Associação de Pequenas e Médias Empresas de Macau vai entregar “nos próximos dias” o “Livro Branco sobre a Situação das PME” ao Chefe do Executivo, para que Chui Sai On tenha em consideração as recomendações para as Linhas de Acção Governativa.